quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Proposta Pedagógica para uso do blog



Durante a Oficina de Blogs que participei Promovida pelo NTE-Benevides no mês de agosto/2010 pensei em algumas estratégias para o uso do blog como recurso didático. E aí vai algumas considerações.


Sabemos da importância de recursos como computador e internet como meios atrativos para que os alunos do ensino médio possam utilizá-los como recursos em suas aprendizagens. Por isso vamos direto ao assunto.

É possível postar textos, vídeos, fotos, imagens e uma série de outras informações em um blog. Como recurso pedagógico o blog não pode ser utilizado de qualquer jeito na publicação de opiniões, imagens e vídeos. Daí a importância do professor em primeiro lugar ter o mínimo domínio no uso desses recursos para poder deixar bem claro aos alunos (muitas vezes ansiosos para acessar de forma livre a internet) o caminho a ser trilhado dentro do processo de aprendizagem. Também é importante informar aos alunos que o blog é um espaço de divulgação de fotos de atividades pedagógicas sem nenhum objetivo de constranger ninguém. Diante dessa consideração geral podemos então destacar os seguintes passos:

1) Criar o blog temático (da turma, da disciplina, da série, da escola, do professor, etc.): é interessante o blog da disciplina porque todas as séries podem ter acesso a ele, cabendo ao professor gerenciá-lo, organizá-lo e discutir e selecionar sugestões dos alunos na formação desse blog.

2) Realizar postagens relacionadas a disciplina para que os alunos tenham acesso e possam dar sua opinião sobre figuras, textos, vídeos, músicas, etc.

3) É interessante que o professor acompanhe as opiniões dos alunos no sentido de avaliá-las e encaminhar orientações e sugestões para que o aluno possa ampliar seu próprio repertório sobre a disciplina, ou seja, transformar o blog num grande espaço de diálogo.

4) A postagem de fotos de aulas e outras atividades pedagógicas dos alunos podem ser postadas e comentadas de forma avaliativa.

5) Marcar uma ou duas aulas para discutir com os alunos atualizações semanais (ou mensais) do blog de acordo com as atividades desenvolvidas.

6) A sala de aula pode ser transformada numa verdadeira oficina de produção de ideias e de uma série de experiências (com música, pinturas, croquis, textos, vídeos, fotos, áudios, etc.) para serem organizadas e publicadas no blog.

7) É imprescindível o uso de celulares ou câmeras digitas dos próprios alunos na execução das oficinas.

Dependendo da disciplina e das idéias/necessidades dos professores esses passos podem ser complementados e ampliados. É imprescindível que o professor tenha internet em sua casa e esteja sempre atualizado e conectado no blog criado para avaliar e ser avaliado. O rico espaço de discussão disponibilizado pode ser considerado fundamental na produção de conhecimento e favorecer uma tentativa de superação de formas tradicionais de avaliação.


Por José Renato Carneiro do Nascimento

(Professor de História da Rede Estadual do Pará e Rede particular de Ensino Superior)


quarta-feira, 2 de junho de 2010



OLHEM COMO FOI A HIDRELÉTRICA DE TUCURUÍ. O MESMO PODE SER COM A CONSTRUÇÃO DA HIDRELÉTRICA DE BELO MONTE


A decisão de fomentar a produção e a exportação de indústrias altamente intensivas na demanda por energia elétrica (como é caso da produção do alumínio), foi contemporânea da decisão de lhes subsidiar energia, numa estratégia explícita do II PND. É dentro dessa perspectiva que o governo brasileiro criou a Centrais Elétricas do Norte (ELETRONORTE, em 1973), e arcou integralmente com os custos de construção da Usina Hidrelétrica de Tucuruí e das linhas de transmissão de Tucurí ao município de Barcarena-PA (com vistas ao suprimento de fornecimento de energia subsidiada à produção de alumina e alumínio).
A Hidrelétrica de Tucuruí, antes orçada em US$ 2,1 bilhões, alcançou o custo final de US$ 7,5 bilhões, mediante empréstimos tomados junto a bancos, sobretudo franceses que impuseram cláusulas de condições de aquisição de equipamentos e pagamentos de royalties aos fabricantes na França).
A construção de Tucuruí teve amplos impactos ambientais (causado pela inundação do lago de 3.007 km2) e socioeconômicos para a população afetada pela construção de suas barragens - 14 povoados, duas reservas indígenas e 160 km de rodovias submergiram; cerca de 5.000 famílias foram deslocadas compulsoriamente.
O represamento criou também uma alteração no sistema hidrológico e na composição da água do rio Tocantins, devido à submersão da floresta para formação do lago. Somam-se a esses efeitos não só a mudança na paisagem e nas condições de navegabilidade do rio, mas também uma diminuição do número, tipo e tamanho dos peixes, uma proliferação de mosquitos devido à putrefação da floresta submersa, acarretando, além do passivo ambiental,importantes impactos socioeconômicos na região, no perfil nutricional e nos índices de saúde da população e um expressivo êxodo rural.

É ISSO QUE O TAL DE “GOVERNO POPULAR” DE ANA JÚLIA QUER REPETIR NO PARÁ

FONTE DE INFORMAÇÕES SOBRE TUCURUÍ: TESE DE DOUTORADO SOBRE O PAC NO PARÁ DA ARQUITETA KARINA OLIVEIRA LEITÃO.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Esse papo de que o Brasil está no rumo certo é "conversa pra boi dormir". A governadora Ana Júlia deveria denominar sua campanha eleitoral ao governo do Estado do Pará de "A Vida é Bela". Na verdade todos os políticos que dizem que as coisas no Brasil estão no rumo certo, no mínimo cumprem seu papel histórico de serem hipócritas buscando se aproveitar da miséria e ignorância alheia da maioria de brasileiros que não foram atingidos pelas benesses paliativas dos governos ou pela maravilhosa cruzada pela educação realizada pelo governo "popular".
O Brasil está em guerra civil e os governos não assumem isso. O ladrão não rouba mais para comprar comida, mas para participar de festas de aparelhagens e curtir baldes de cerveja e piriguetes. O Brasil está em festa pela participação da seleção de futebol na copa do mundo na África do Sul: mais uma forma de desviar a atenção dos problemas crônicos de violência, corrupção, mortes banais no campo e na cidade.
"Com brasileiro não há quem possa" foi a frase da ditadura militar da década de 70 para sensibilizar a sociedade brasileira (eufórica com a vitória da seleção brasileira no México na copa de 1970) ao planos malignos de crescimento econômico as custas de carestia, repressão e assassinato de companheiros e companheiras que não se deixaram levar por esses discursos ufanistas.
Nesse início de século XXI, a liberdade de impressa e opinião não surte efeito na implementação de políticas sérias para solucionar problemas de corrupção, violência, descaso com educação e com meio ambiente, dentre outras mazelas que tornam o Brasil um verdadeiro país do carnaval e da festa. Comemorar pra não chorar, não intervir, não se manifestar, não se organizar, não protestar. Festejar a copa, a festa da cidadania (eleições), o progresso (Belo Monte), a vida, a existência, o dinheiro, a cerveja.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

PROVÉRBIOS CAP. 23, VER. 12.


APLICA O CORAÇÃO AO ENSINO E OS OUVIDOS ÀS PALAVRAS DO CONHECIMENTO.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Pra que livro didático?!


O livro didático é um dos instrumentos mais importantes no processo de ensino e aprendizagem. Mas, infelizmente poucos alunos têm consciência disso ao deixarem os livros em suas casas em vez de trazê-los para a sala de aula. No ensino médio da Escola Otávio Meira (município de Benevides-PA), 2010 será o terceiro ano em que os alunos terão disponível livros de Matemática, História, Geografia, Língua Portuguesa, Biologia e física e sempre esperamos que eles sejam utilizados em atividades de leitura, pesquisa, resolução de questões, etc.
A reclamação mais comum dos alunos é de que os livros são pesados para serem carregados até a escola. No geral os professores reclamam da ausência dos livros na hora da aula. Este impasse parece que não foi resolvido nos dois últimos anos. Muitos alunos falam que “trazer livro não vale ponto”, outros sabem da importância dele e o trazem com muito esforço. Esforço é algo ausente de grande parte dos alunos que só pegam o livro na véspera da prova.
Não existe ensino-aprendizagem sem esforço, sobretudo nas escolas públicas, onde as políticas de sucateamento dos governos municipais, estaduais e federais é feito sem muito esforço: desvio de verbas, péssimas remunerações aos profissionais em educação, falta de estrutura (biblioteca, auditório, sala de vídeo, etc.).
É necessário um planejamento que visualize um maior rigor quanto ao uso permanente do livro didático em sala de aula, pois sabemos que muitos alunos não possuem hábito de leitura em casa. Sabemos da importância de outros recursos para o ensino e aprendizagem (excursões, textos complementares, feiras culturais, filmes, músicas, etc.).
Os professores que usam o livro didático sabem que não podem passar textos complementares pelo fato dos alunos resistirem a esse tipo de recurso, pois no geral a defesa é essa: “se temos um livro, pra que outros textos”. Aí está o dilema: em outros tempos, quando não tínhamos livro didático, trabalhávamos com textos, quando era comum poucos alunos adquirirem eles; agora que temos livro didático a maioria dos discentes não o levam a sério.
Num momento de exigência e, ao mesmo tempo, carência no ensino que exija análise e interpretação, leitura é fundamental. Exercitar leitura em sala de aula, discutir resolução de questões do livro, desenvolver seminários em torno de capítulos e, se for o caso, bonificar com pontuação os alunos que trazem e usam o livro, podem ser propostas para que o aluno veja o este material como essencial em sua vida estudantil.